A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades e parceiros institucionais, como Ricardo Cavalcante (Presidente da FIEC e da CNI), Wolfgang Bindseil (Vice-Embaixador da Alemanha no Brasil), Christian Storost (anteriormente Chefe de Expansão Internacional do H2), Jochen Quinten (Diretor da GIZ Brasil) e Jade Romero (Vice-Governadora do Ceará).
Os discursos ressaltaram o papel do Ceará como protagonista regional na produção de energia limpa, impulsionado por seu potencial solar e eólico, infraestrutura portuária avançada, com destaque para o Complexo do Pecém, e mão de obra qualificada.
Durante o evento, foi enfatizada a importância das parcerias Brasil–Alemanha no fortalecimento da economia do hidrogênio. O vice-embaixador Wolfgang Bindseil destacou que o hidrogênio verde é essencial para a neutralidade climática alemã até 2045 e que o Brasil pode se firmar como um motor global de exportação de energia limpa.
Três novos acordos estratégicos foram firmados:
- Carta de Intenções entre o Governo do Ceará, a Renânia do Norte-Vestfália e a FIEC, para cooperação em energia renovável, logística portuária e qualificação profissional;
- GIZ × Tünkers, sobre a integração do hidrogênio verde em aplicações industriais de calor, como cabines de pintura;
- GIZ × AHK × Wilo, com o projeto “Usinas de Hidrogênio para a América Latina”, voltado ao desenvolvimento de soluções integradas e inovadoras para a região.
A programação incluiu painéis temáticos, exposições tecnológicas e sessões B2B, reunindo mais de 500 participantes e delegações de 10 países, incluindo Alemanha, Holanda, Portugal, Chile, Colômbia e Uruguai.
Empresas e instituições como Siemens, Messer, Dräger, FINEP, ApexBrasil, Neumann & Esser, Pilz, K-Utec, PRF Hydrogen Solutions, Banco do Nordeste e Invest Minas apresentaram soluções voltadas à descarbonização, armazenamento e uso de hidrogênio.
Com apoio e curadoria da AHK Brasil | Rio de Janeiro, em parceria com a GIZ, o evento paralelo “Complexos Portuários e Industriais: o potencial da infraestrutura integrada para viabilização da cadeia de valor do hidrogênio no Brasil” explorou a importância dos portos brasileiros na transição energética.
Moderado por Loana von Gaevernitz Lima, Diretora Executiva Adjunta e Luiza Freire, Assistente de Internacionalização de Empresas & Desenvolvimento de Negócios, ambas da AHK Rio, o side event reuniu representantes do Ministério de Portos e Aeroportos, Porto do Açu, Porto do Pecém, Everllence e Arcadis. As discussões evidenciaram o papel dos portos como hubs estratégicos para produção, consumo local e exportação de derivados como amônia, SAF e e-metanol.
O debate resultou em novas oportunidades de cooperação bilateral e reforçou a liderança da AHK Rio e da GIZ como articuladoras de parcerias estratégicas entre Brasil e Alemanha no campo das energias renováveis.
O H2 LATAM Summit 2025 reafirmou o papel da América Latina como um polo emergente de hidrogênio verde, com potencial de produção estimado em 7 milhões de toneladas anuais até 2030. O encontro demonstrou que o avanço da economia do hidrogênio depende de planejamento estratégico, infraestrutura integrada, regulação estável e cooperação internacional.
Para o Brasil, o evento consolidou o Ceará como hub natural da transição energética, graças à sua posição geográfica e à forte cooperação com portos europeus como Roterdã e Duisburg. Com isso, o H2 LATAM Summit 2025 marcou um novo capítulo na construção de um ecossistema latino-americano de hidrogênio, conectando governos, empresas e instituições em torno de uma agenda comum de sustentabilidade e inovação.